AMX
International AMX
Embraer
AMX, rebatizado no Brasil de A-1
O AMX International AMX, ou simplesmente AMX é
um avião de ataque ar-superfície usado para missões de
interdição, apoio aéreo e reconhecimento aéreo.
Foi desenvolvido pelo consórcio internacional AMX Internacional. Na Força Aérea Brasileira, ele é designado A-1.
Na Itália, ele tem
o apelido de "Ghibli".
O AMX é capaz de operar em altas velocidades subsônicas a baixa altitude, tanto de dia quanto de noite, e se necessário, a partir de bases pouco
equipadas ou com pistas danificadas. O caça conta com relativamente baixa
assinatura em infravermelho e
reduzida secção frontal ao radar, para
melhorar seu percentual de sucesso nas missões. A auto-defesa é proporcionada
por mísseis ar-ar, canhões integrados e sistemas de contramedidas eletrônicas.
Desenvolvimento
Em 1977, a Força Aérea Italiana efetuou
um requerimento para um caça-bombardeiro para substituir seus Aeritalia
G.91 e alguns de seus F-104 Starfighter. Em vez de competir entre si
pelo contrato, a Aeritalia (agora Alenia
Aeronautica) e a Aermacchi concordaram em fazer uma
proposta conjunta, já que ambas as companhias estavam considerando o
desenvolvimento de uma classe similar de aviões por alguns anos. Os trabalhos
de desenvolvimento iniciaram em abril de 1978.
Em 27 de março de 1981, o
governo italiano e o governo do Brasil concluíram
um acordo de requerimentos conjuntos para as aeronaves, e a Embraer foi convidada a se juntar ao programa em julho do mesmo ano.
Nesta parceria, ficou sob a responsabilidade da Embraer, além da montagem das unidades
para a FAB,
absorver o know-how para
o desenvolvimento e produção dos conjuntos e componentes do sistema de
acionamento dos trens de pouso da
aeronave. A Embraer forneceria tanto para as aeronaves brasileiras quanto para
as italianas, os conjuntos dos trens de pouso principais, válvulas e atuadores de acionamento, conjuntos de rodas, freios e conjuntos de suporte
e alijamento de cargas sub-alares. Todos estes componentes seriam de
fornecimento brasileiro. Para isso foi criada em 1984 a EDE – Embraer Divisão Equipamentos que em 2008, passou a se denominar ELEB-Equipamentos
Ltda.
O primeiro protótipo voou em 15 de maio de 1984. Embora esse exemplar tenha sido perdido durante o seu
quinto voo (matando seu piloto), o programa de testes foi considerado
tranquilo. A produção em série foi iniciada na metade de 1986, com os primeiros exemplares entregues à Força Aérea Italiana e à Força Aérea Brasileira em 1989. Desde então, ao redor de 200 AMXs foram construídos.
Ação em
combate
O batismo de fogo dos AMX foi através dos esquadrões italianos, que
voaram 252 missões de combate sobre o Kosovo em 1999, como
parte da Operação Allied Force, sem
nenhuma aeronave perdida.
Em 2011, três
aeronaves da base italiana de Trapani,
na Sicilia,
totalizaram 500 horas
de voo em missões na Líbia entre
os meses de abril e outubro à serviço da OTAN .
Modernização
Responsável pela entrada em serviço de novas tecnologias como o HUD
(Head-up Display), HOTAS (Hands on Throttle and Sticks), MFD (Multi-functional
Display) e o RWR (Radar Warning Receiver) esta previsto um programa de
modernização dos caças AMX no mesmo padrão das modernizações do A-29 e F-5M.
A empresa Embraer foi
contratada para ficar responsável pela modernização dos vetores de combate
(integração dos equipamentos e ensaios), sendo a empresa Elbit responsável pelo fornecimento dos sistemas aviônicos.
O programa prevê o investimento de US$ 400 milhões ao longo de 5 anos para a modernização de 43 Caças
AMX A-1. O Programa também prevê :
- Substituição do atual radar pelo Radar SCP-01, fabricado pela Mectron, de São José dos Campos.
- Novo sistema de geração de oxigênio (OBOGS).
- Novos MFDs
- Iluminação compatível com o uso de óculos de visão noturna.
- Visor montado no capacete.
- Novo RWR.
- Lançadores Chaff/Flare, com lançamento automático.
Operadores
- 13 Gruppo/32 Stormo
- 14 Gruppo/2 Stormo
- 28 Gruppo/3 Stormo
- 101 Gruppo/32 Stormo
- 103 Gruppo/51 Stormo
- 132 Gruppo/51 Stormo
Força Aérea Brasileira
- 60 unidades: 45 A-1, 14 A-1B e 1 YA-1(protótipo)
- 1º Esquadrão/16 Grupo de Aviação Esquadrão Adelphi
- 1º Esquadrão/10 Grupo de Aviação Esquadrão Poker
- 3º Esquadrão/10 Grupo de Aviação Esquadrão Centauro
- A Tailândia realizou um pedido que foi posteriormente cancelado.
- O Iraque fez um pedido de 40 AMX, mas foi negado devido hostilidades.
Características
- Tripulantes: 1 - AMX, 2 - AMX-T (Versão biplace de
treinamento/operacional)
- Comprimento: 13,23 m
- Envergadura: 8,87 m
- Altura: 4,55 m
- Peso vazio: 6.730 kg
- Peso carregado: 10.750 kg
- Peso máximo: 13.000 kg
- Motor: um turbofan Rolls-Royce Spey 807
- Empuxo: 4994 kgf (11.000 lbf)
Desempenho
- Velocidade máxima: 1.020 km/h
- Alcance: 3.330 km
- Teto de serviço: 13.000 m (42.600 pés)
- Razão de ascensão: 10.240 pés/min
- Relação empuxo/peso: 0,47
Armamento
- 1 canhão rotativo de 20 mm M61 Vulcan (aviões
italianos) ou
- 2 canhões de 30 mm DEFA 554 (aviões
brasileiros)
- 2 mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder ou MAA-1 Piranha nos trilhos das
pontas das asas
- 3.800 kg de carga
bélica em 5 pontos duros, incluindo bombas de emprego geral e bombas
guiadas por laser, mísseis ar-superfície, foguetes e pods de
reconhecimento.
Video
A-4 SkyHawk
McDonnell Douglas A-4 Skyhawk

A-4 Skyhawk
História
Em janeiro de 1952, a equipe de Edward Henry Heinemann (mais conhecido como Ed Heinemann) projetista-chefe da Douglas Aircraft Company (mais tarde McDonnell Douglas) apresentou um projeto para a Marinha Americana em resposta a uma requisição daquela força, que necessitava de uma aeronave de ataque com capacidade nuclear, baseada em porta-aviões, com raio de ação de 555 km, capaz de transportar 908 kg de armamento e atingir velocidades de 805 km/h, pesando até 13.600 kg e que não deveria custar mais de US$1.000.000,00 (um milhão de dólares) por unidade. Para cumprir essas difíceis exigências, o que Heinemann fez foi: peguei o melhor motor a jato, coloquei asas e esqueci o resto (sic). De fato, a "simplicidade" do projeto de Heinemann agradou à Marinha Americana que autorizou a fabricação de 2 protótipos, designados inicialmente como XA4D-1, mas que passsaram logo depois para para XA-4A devido a uma mudança na nomenclatura de aeronaves.
O modelo inicial foi apresentado duas semanas após a primeira avaliação e tinha comprimento de 12,01 m, peso de 5.440 kg, velocidade superior à 950 km/h, carga de armas de 2.250 kg (incluindo artefatos nucleares) e uma envergadura de apenas 8,38 m, o que dispensava a necessidade de asas dobráveis para armazenamento em porta-aviões. O primeiro vôo da nova aeronave aconteceu em 22 de junho de1954. As dezoito aeronaves de pré-série, conhecidas como YA4D-1 (A-4A), foram seguidas pelo modelo de produção, chamado de A4D-1(A-4A), que voou em 14 de agosto de 1954. Em 15 de outubro de 1955, apenas dois meses após o seu primeiro vôo, o A4D-1 ou (A-4A) bateu o recorde de velocidade em circuito fechado de 500 km, atingindo 1.118 km/h.
As primeiras unidades começaram a ser entregas para a Marinha Americana em meados de 1956 e entraram em serviço ativo em outubro do mesmo ano. A produção foi mantida até fevereiro de 1979, totalizando 2.960 exemplares construídos em pelo menos 20 versões diferentes.A último versão produzida nova para os norte-americanos foi a A-4M, uma aeronave bastante sofisticada, usada principalmente pelos esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e o último modelo a sair da linha de montagem foi o A-4KU, uma série especial de 30 aeronaves (mais 6 bipostos TA-4KU) fornecidos para o Kuwait mas que atualmente servem à Marinha do Brasil.
Operadores
Entre os operadores do A-4 Skyhawk nas suas diversas variantes incluem-se os seguintes países e as seguintes forças armadas:
· Argentina (Força Aérea e Marinha)
· Brasil (Marinha)
· Israel (Força Aérea)
· Kuwait (Força Aérea)
· Singapura (Força Aérea)
· Austrália (Marinha)
· Malásia (Força Aérea )
· Nova Zelândia (Força Aérea)
· EUA (Marinha e Corpo de Fuzileiros
- Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil possui 23 exemplares de Skyhawk da versão A-4KU, a última a ser produzida. Desses, 20 são monopostos (versão A-4KU) e 3 bipostos de treinamento (versão TA-4KU). Destas aeronaves, cinco monoplaces são utilizados como fontes de peças.
O modelo monoposto foi designado AF-1 e o biposto AF-1A
Descrição
Fabricante
Douglas Aircraft Corporation
Entrada em serviço
outubro de 1956
Missão
Aeronave de Ataque, Caça-bombardeiro, Caça Multifunção
Tripulação
1 (ou 2 na versão de treinamento)
Dimensões
Comprimento
12,2 m
Envergadura
8,4 m
Altura
4,6 m
Área (asas)
24,15 m²
Peso
Tara
4.750 kg
Peso total
8.318 kg
Peso bruto máximo
11.136 kg
Propulsão
Motores
1 x Pratt & Whitney J52
Performance
Velocidade máxima
1.077 km/h
Armamento
Metralhadoras
2× 20 mm Colt Mk 12 cannon, 100 tiros por arma
Mísseis/Bombas
AIM-9 Sidewinder e 4.490 kg em bombas
M.B.326K/Atlas Impala
Aermacchi M.B.326K/Atlas Impala

Ficha técnica:
Origem: Itália
Tipo de aeronave: Avião de suporte aproximado, reconhecimento tático e interceptação
Velocidade máxima: 889 km/h
Alcance: 2.130 km
Teto operacional:
Comprimento: 10,67 m
Envergadura: 10,85 m
Altura: 3.72 m
Peso ( vazio | máximo ) : 3.200 kg | 5.900 kg
Motores: 1 x Rolls-Royce Viper 632-43
Empuxo: 1 x 1.814 kg
Armamento: Dois canhões DEFA 553 de 30mm e 1.814 kg de armas em seis pontos externos, incluíndo mísseis ar-ar Matra 550 Magic
Países operadores: Argentina, Brasíl, Congo, Emirado Árabes Unidos, Gana, Paraguai, África do Sul, Togo, Tunisia, Zambia.
Av-8 Harrier B
Boeing AV-8B Harrier II

Ficha técnica:
Origem: EUA
Tipo de aeronave: Avião de suporte aproximado com capacidade de decolagem e pouso verticias
Velocidade máxima: 1.063 km/h
Alcance: 277 km
Teto operacional:
Comprimento: 14,12 m
Envergadura: 9,25 m
Altura: 3,55 m
Peso ( vazio | máximo ) : 6.000 kg | 14.000 kg
Motores: 1 x Rolls-Royce F402-RR-408
Empuxo: 1 x 10.796 kg
Armamento: Um canhão GAU-12/U de 25mm + 7.700 kg de armamento em seis pontos externos.
Países operadores: Espanha, EUA, Grã-Bretanha, Itália
BOEING/ BAE SYSTEM AV-8B HARRIER II PLUS. A segunda geração da revolução

DESCRIÇÃONa historia da aviação há muitos marcos que são considerados revolucionários e que elevaram a capacidade das aeronaves mudando drasticamente a forma de se combater e assim obrigando a estrategistas e engenheiros a se adaptarem as novas táticas e criarem adaptações para o novo cenário que esses marcos revolucionários implicavam. Vimos nesses últimos 100 anos de aviação, as metralhadoras serem substituídas por canhões e mísseis guiados; os motores a pistão serem substituídos por motores a reação que elevaram em 150 % a velocidade das aeronaves em relação ao que víamos na primeira guerra e segunda guerra mundial; aeronaves com desenho projetado para não refletir ondas de radar e assim poderem operar no campo de batalha impunemente, etc...
Porém uma das invenções mais impressionantes e revolucionarias foi sem a menor sombra de duvida o desenvolvimento do primeiro avião de combate capaz de decolar e pousar verticalmente, como um helicóptero. Esse projeto que resultou no famoso caça “Jump Jet” Harrier, da Hawker Siddeley na década de 60, foi o primeiro a ser bem sucedido nessa capacidade e a operar com sucesso em combate, como visto na Guerra das Malvinas onde os Harriers e Sea Harriers foram extremamente bem sucedidos em manter a superioridade aérea, mesmo contra aeronaves que voavam o dobro da velocidade que esses pequenos aviões conseguiam desenvolver.
Acima: Em tempos de guerra o armamento transportado pelos aviões de combate dificilmente atingem a capacidade total do avião. Isso é necessário devido a perigosa perda de desempenho dos caças quando totalmente armados. Aqui um AV-8B aparece com uma bomba guiada a laser GBU-12 Paveway II durante a campanha Desert Storm, no Golfo Persico em 1991
Porém, com a experiência adquirida nos caças Harriers, os pilotos perceberam algumas deficiências no Harrier original que precisariam ser resolvidas para poder manter esses aviões como uma plataforma de combate válida nos anos 90 e no inicio do século 21. Assim a Mc Donnell Douglas, hoje Boeing Company, em associação com a BAE System, projetaram um novo Harrier, que nos Estados Unidos foi chamado de AV-8B Harrier II que como o nome já diz, se tratou da segunda geração do Harrier.
Acima: Este AV-8B durante um procedimento de reabastecimento em vôo. Essa capacidade foi bastante explorada durante a guerra do Golfo, onde o AV-8B participou intensamente em apoio aéreo para os fuzileiros navais norte americanos.
Muitas das mudanças incorporadas a o AV-8B podem ser vistas externamente, como as asas de maior diâmetro e com bordas de ataque aumentadas (LERX) para permitir, não só uma maior manobrabilidade, mas também mais combustível e armamento com o incremento de dois novos cabides de armas, um em cada asa. O cone do AV-8B foi modificado, também, com a instalação de um sistema multi-sensor Hughes AN/ASB-19 ARBS sistema que gerencia continuamente o ângulo para lançamento de bombas garantindo um aumento significativo na precisão de lançamento de armas, principalmente a bombas “burras” (sem nenhum tipo de guiagem). Na ultima versão do AV-8B, conhecida como Harrier II plus, esse sensor deu lugar a um novo radomo onde abriga um radar pulso doppler AN/APG-65 do mesmo tipo usado no F/A-18A Hornet e que permite uma melhoria na capacidade de combate ar ar do Harrier, pois a partir dessa mudança passou a incorporar mísseis ar ar AIM-120 Amraam em seu arsenal e assim executar missões de defesa aérea. Este radar possui um alcance de 140 km contra alvos com uma sessão frontal de um caça convencional (5m2). O uso do radar AN/APG-65 permitiu também uma melhora nas funções de ataque, pois com este equipamento pode-se atacar alvos navais com o uso de mísseis antinavio AGM-84 Harpoon. Outro sensor que o AV-8B Harrier Plus transporta é o pod de reconhecimento e designação de alvos Litening II, fabricado pela Northrop Grumman. Esse pod possui um apontador de laser para iluminar alvos de bombas guiadas a laser, um sistema de TV e um FLIR para operações em condições de clima adverso e a noite.
Acima: A instalação do radar multimodo AN/APG-65 trouxe para o Harrier II uma verdadeira capacidade de combate aéreo. A partir desta importante mudança, o AV-8B passou a contar com a possibilidade de lançar mísseis BVR (fora do alcance visual) AIM-120 Amraam.
O armamento do AV-8B é bastante variado. Ao todo podem ser transportados 6 toneladas de cargas externas nele. Ele pode operar com mísseis ar ar de curto alcance Raytheon AIM-9 L/M Sidewinder, guiados por calor; mísseis Raytheon AIM-120 Amraam guiados por radar ativo e com alcance que pode chegar a 90 km dependendo da versão. Para missões ar superfície o armamento principal do AV-8B é o míssil Raytheon AGM-65 Maverick guiado por TV, IR ou a laser, dependendo da versão. Este míssil é usado essencialmente contra alvos blindados como tanques e edificações de armazenamento de combustível e munições inimigas localizados a uma distancia que pode chegar a 28 km. Bombas “burras” MK-82/ 83/ 84 e bombas de fragmentação de diversos tipos. A mais recente arma ar superfície incorporada ao arsenal do AV-8B é a bomba guiada por GPS GBU-32 JDAM, fabricada pela Boeing. Esta bomba com 447 kg tem um alcance que chega a 24 km quando lançada em alta altitude e sua precisão é de 10 metros do ponto pretendido. Para ataques antinavio pode ser usado o míssil AGM-64 Harpoon como mencionado antes e o míssil britânico Sea Eagle, da BAE, e cujo alcance chega a 110 km e com guiagem por radar ativo.
O Harrier II pode ser armado com lançadores de foguetes de diversos calibres para saturação de área. As bombas guiadas a laser GBU-12 e GBU16 também são comuns nas asas do AV-8B.
O armamento orgânico é um canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm e com consegue uma cadencia de 4200 tiros por minuto. Este canhão está carregado com 300 cartuchos.
Acima: A Espanha usa seus EAV-8B Matador II no seu porta-aviões Principe de Asturias em todas as funçõs tipicas de um caça multimissão.
Outra mudança incorporada ao AV-8B Harrier II que não está aos olhos do observador é o seu novo motor derivado do Rolls Royce Pegasus 104, conhecido como Pegasus MK 105 ou F-402-RR-408 montado nos Estados Unidos. Este motor fornece um empuxo maximo de 10500 kg. Cerca de 25 % mais empuxo que a versão anterior e dando uma relação empuxo peso de cerca de 1.05 para o AV-8B. Mesmo assim o Harrier II ainda não consegue ser supersônico, o que acarreta uma das maiores criticas ao modelo para ser usado em missões ar ar. Porém esse aumento de potencia somado a nova asa, proporcionou uma significativa melhora na capacidade de manobra de combate.
A versão AV-8B Harrier II Plus é usada pelos Estados Unidos, Espanha e Itália. O substituto do Harrier II, o F-35B Lightining II, já descrito no Blog Campo de Batalha Aérea, já está pronto e voando sua fase de testes. De acordo com o cronograma planejado, no ano de 2012 os primeiros caças F-35B começam a substituir os Harriers II do corpo de fuzileiros navais da marinha dos Estados Unidos. Posteriormente os Harriers Espanhóis e Italianos deverão ser substituídos também dando o merecido descanso a este jato cuja origem do projeto já chega aos 50 anos.
Acima: O painel do AV-8B tem o layout tipico dos caças do inicio dos anos 90. Embora este padrão seja considerado ultrapassado nos dias atuais, ainda é um avanço consideravel em relação aos painéis dos Harriers originais.
FICHA TECNICA
Velocidade de cruzeiro: mach 0.75 (900 km/h)
Velocidade máxima: mach 0.89 (1070 km/h)
Razão de subida: 4485 m/min
Peso/Potência: 1.05
Fator de carga: +8 Gs, -3 Gs
Taxa de giro: 14º/s
Razão de rolamento: 200º/s
Raio de ação/ alcance: 556 km/ 3300 km (com 4 tanques externos)
Alcance do radar: Raytheon AN/APG-65 com 140 km de alcance.
Empuxo: 1 motor Rolls Royce F-402-RR-408 com 10500 kg de empuxo.
DIMENSÕES
Comprimento: 14,12 m
Envergadura: 9,25 m
Altura: 3,55 m
Peso: 6336 Kg (Vazio) 14600 Kg (Maximo)
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM-9 L/M Sidewinder; Míssil AIM-120 Amraam
Ar Terra: Bombas de queda livre (burras) MK-82/ 83/ 84; Bombas guiadas a Laser GBU-12 /16; Bombas GBU-32 JDAM; Bombas de fragmentação; Míssil AGM-65 Maverick, Míssil AGM-84 Harpoon; míssil BAE Sea Eagle, casulos de foguetes (diversos calibres)
Interno: 1 canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm.
ABAIXO TEMOS UM VIDEO ONDE UM EAV-8B MATADOR II DA MARINHA ESPANHOLA SE APRESENTA EM UM SHOW AÉREO.
PANAVIA TORNADO F.MK3. A sentinela britânica.

DESCRIÇÃO
Nos Blogs Campo De Batalha não costumam aparecer matérias sobre sistemas de armas que não estejam mais em uso, porém considero importante apresentar, de vez em quando, um ou outro sistema que tenha sido importante no contexto da época em que estiveram em serviço.
O avião interceptador que tratarei nas próximas linhas é um destes casos que mereceu seu espaço nas paginas deste Blog. O Panavia Tornado F-3 é a versão de interceptação e combate aéreo do famoso e bem sucedido bombardeiro Tornado IDS.
Embora o projeto do Tornado tivesse sido fruto de um programa multinacional envolvendo a Itália, Inglaterra e Alemanha, a variante de defesa aérea, chamada pelo fabricante como ADV (Air Defense Variant) foi desenvolvida e financiada pela Inglaterra que precisava de um novo interceptador de longo alcance que substituísse seus Phanton FGR.MK2 e os velhos caças English Electric Lightning F-6. Os estudos para se chegar neste interceptados começaram em 1968, porém a liberação para a construção do protótipo ocorreu em março de 1976 sendo que o primeiro vôo do protótipo do Tornado ADV ocorreu em outubro de 1979.
Os primeiros ADV foram batizados de Tornado F-2 pela Royal Air Force (RAF) ou “Força Aérea Britânica” e entraram em serviço com 18 unidades em março de 1984.

Acima: O velho English Electric Lightning, embora tivesse marcado época com seu desempenho invejável, precisava ser aposentado pois não daria conta das novas ameaças impostas pelos bombardeiros soviéticos.
Este modelo inicial de produção tinha uma certa limitação e estava equipado com dois motores Turbo Union RB-199 MK-103 que produziam 7150 kg de empuxo cada um. Estes motores eram os mesmo usados nos Tornados de bombardeiro. Outro sério problema que ocorreu foi que o radar projetado para uso no Tornado ADV, o Foxhunter, estava apresentando problemas em seu desenvolvimento e por isso esses Tornados F-2 iniciaram sua operação sem os seus radares. Outro ponto interessante sobre as limitações do modelo F-2 era que ele transportava apenas um míssil AIM-9 Sidewinder em cada asa, além de quatro mísseis Skyflash (uma versão inglesa do míssil norte americano AIM-7 Sparrow), de guiagem semi-ativa sob a fuselagem. As asas de geometria variável tinham apenas quatro posições pré-definidas.
Acima: Nesta antiga foto podemos ver um Tornado ADV F-2, a primeira versão de produção do Tornado de interceptação. Estes primeiros exemplares operaram sem radar durante um breve período por causa de sérios problemas de desenvolvimento do radar Foxhunter.
A versão definitiva do Tornado ADV foi chamada de F.MK3 ou, simplesmente, F-3 e tinha melhorias significativas frente a o modelo inicial F-2, começando pelo motor que recebeu uma seção alongada do pós combustor. Este novo motor é chamado RB-199-34R MK-104 que conseguiu uma pequena melhora no empuxo máximo, que agora chega a 7348 kg cada, e permitiu ao F-3 atingir uma velocidade máxima de 2338 km/h em alta altitude. As asas do F-3 são totalmente moveis e se adaptam automaticamente as velocidades do avião para se conseguir um resultado de manobra ideal em todos os regimes de vôo. Nesse modelo, podem ser transportado 2 mísseis guiados por infravermelho IR de curto alcance em cada asa mais 4 mísseis de médio alcance semi-embutidos sob a fuselagem.

Acima: O Tornado F-3 foi equipado com uma versão um pouco mais potente do motor RB-199 que, originalmente, equipa o Tornado IDS de bombardeiro. Para a missão de interceptação, esta mudança se tornou necessária.

Acima: O Tornado é o mais veloz avião em baixa altitude no mundo. Sua capacidade de combate de curto alcance (dog fight), no entanto, não era seu forte, embora o modelo podia dar trabalho se fosse bem pilotado.
E falando em armamento, o F-3, podia ser armado com mísseis AIM-9L Sidewinder, guiados por infravermelho e com alcance de cerca de 18 km. Este míssil tem um sensor IR com capacidade “all-aspect”, ou seja, ele pode ser usado contra um alvo de qualquer quadrante, incluindo de frente. Embora se trate de um míssil antigo, seu histórico de combates é invejável, com um índice de acerto de 80% em combates reais. Mais recentemente, o F-3 foi armado com um novo e moderno míssil de curto alcance, o AIM-132 Asraam, que usa o mesmo sensor IR do AIM-9X Sidewinder, com capacidade de encontrar um alvo a 90º fora do ponto de visada e é capaz de manobrar a 50 Gs. O alcance é de 15 km contra um alvo em rota de colisão e a ogiva é de 8,2 kg fragmentada acionada por aproximação.
Para ataques fora do alcance visual, o Tornado foi armado, inicialmente, com o míssil Skyflash, uma variante inglesa do míssil AIM-7 Sparrow de guiagem semiativa e com alcance na casa dos 45 km. Posteriormente, em 1996, o Skyflash foi substituído pelo muito mais moderno e eficaz míssil AIM-120 Amraam. Guiado por radar ativo, permitindo lançar o míssil sem ter que ficar iluminando o alvo. O AIM-120 A, especificamente, tinha alcance de cerca de 50 km (as versões mais recentes dobraram este alcance) e seu percentual de acertos em combate está em cerca de 60 %.
Como armamento interno, o F-3 usa apenas um canhão Mauser BK-27 de calibre 27 mm com 180 munições. Este excelente canhão consegue uma cadência seletiva de 1000 ou 1700 tiros por minuto.
Acima: Um Tornado F-3 lança um míssil Sky Flash em um treinamento de tiro. Esta arma éra uma versão do Sparrow norte americano.
Acima: Os bombardeiros estratégicos como este Tu- 95 Bear interceptado por dois elementos de Tornados F-3 deram bastante trabalho para a defesa aérea britânica.
O radar usado pelo Tornado F-3 é o GEC Marconi Foxhunter do tipo Pulso Doppler que opera de forma mecânica, e com capacidade look down/ shoot down (rastreia alvos abaixo do caça e consegue travar o alvo para disparo) como os radares contemporâneos desse modelo, porém, seu alcance é de 230 km contra um alvo de grandes dimensões, como um bombardeiro, por exemplo. Um caça convencional pode ser detectado a 140 km. O F-3 possuía um sistema de identificação amigo/ inimigo (IFF), muito importante na missão de interceptação. E o modelo já contava com um sistema de intercambio seguro de dados limitado fornecido pela GEC Marconi.
Um sistema de receptação de radar RHWR foi instalado na parte de cima da cauda e nas pontas das asas, e informava quando o F-3 foi rastreado por um radar hostil e a direção desse radar. Para se defender de mísseis inimigos, foram instalados dois lançadores AN/ALE 40 (V) de flares e de chaffs para confundir mísseis guiados por calor e por radar, respectivamente.
Acima: Dois Tornado F-3 sobem soltando Flares para despistar mísseis guiados a calor.

Acima: Um tornado F-3 "mata sua sede" num reabastecimento aéreo. Estes aviões foram usados na guerra do Golfo para proteger os céus sauditas e proteger os pacotes de ataque da coalizão.
O Tornado F-3 foi projetado como um interceptador para destruir bombardeiros estratégicos soviéticos, porém, o modelo tinha uma capacidade de manobra superior ao do F-4 Phanton, chegando a 7,5 Gs em curva instantânea, porém, era bastante inferior a um caça de 4º geração como o F-16, ou o MIG-29 Fulcrum. A integração do míssil ar ar de curto alcance AIM-132 Asraam e o míssil norte americano AIM-120 Amraam de médio alcance, melhoraram sua capacidade de combate aéreo, porém, o modelo acabou sendo substituído pelo moderno e eficiente caça Eurofighter Typhoon, já descrito nas paginas deste blog.

Acima: O Tornado F-3 foi usado pela força aérea da Arabia Saudita e Itália além da Inglaterra.
Acima: O Tornado F-3 teve sua fuselagem levemente alongada em relação ao modelo IDS de bombardeiro.
FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: mach 0,95
Velocidade máxima: mach 2.2 Razão de subida: 12180 m/min
Potência: 0,68
Fator de carga: 7,5 Gs
Taxa de giro: 16º/s
Razão de rolamento: 180º/s
Teto de serviço: 15240 m.
Raio de ação/ alcance: 1850 km/ 4265 km
Alcance do radar: GEC Marconi Foxhunter 230 Km
Empuxo: Dois motores RB-199-34R MK-104 7348 kgf de empuxo máximo.
DIMENSÕES Comprimento: 18,68 m Envergadura: 13,91 m com a asa aberta e 8,6 m com as asas fechadas
Altura: 5,95 m
Peso: 14500 kg (vazio) ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM-120 Amraam, AIM-9L Sidewinder, AIM-132 Asraam, Míssil Sky FlashInterno: 1 canhão Mauser BK-27 de 27 mm com 180 munições.

ABAIXO PODEMOS ASSISTIR UM VÍDEO EM TRIBUTO AO TORNADO F-3.
Fontes: Livro West Modern Fighters, editora Salamander; Livro Asas de Guerra nº 5; Livro Aviões de Guerra, editora Nova Cultural.; Livro Guerra Moderna, Caças e bombardeiros, Editora Nova Cultural;
YAKOVLEV YAK 41 FREESTYLE. O supersônico de decolagem vertical.
DESCRIÇÃO
Os russos, mesmo com um orçamento militar consideravelmente menor que o disponibilizado pelos Estados Unidos, consegue realizar algumas façanhas muito interessantes no campo da tecnologia bélica. O avião que apresentarei agora é um dos frutos desta criatividade da indústria russa.
A Yakovlev desenvolveu dois modelos de aeronaves de decolagem e pouso vertical durante a década de 60. O protótipo Yak-36 e o caça Yak 38 Forger, que efetivamente entrou em serviço em 1976. O Forger, especificamente, era uma aeronave com restrições de desempenho e de carga de combate de forma que ele não supria as necessidades da marinha russa quanto a ter uma aeronave de defesa da frota que fosse efetivo. Seus dados de desempenho o colocaram abaixo do caça Harrier, já descrito neste blog. Por isso, os soviéticos, mesmo com a entrada recente em serviço do Forger, decidiram que precisariam de uma aeronave VSTOL de desempenho e capacidade similares as encontradas nos caças de linha de frente e solicitaram a Yakovlev, em 1975, que levasse em frente os estudos de desenvolvimento dessa futura aeronave.
Acima: O caça Yak-38 Forger foi uma aeronave com desempenho pobre e de pouco valor militar. Porém seu sistema de propulsão influenciou o desenvolvimento do seu substituto, o Yak-41 Freestyle.
Em 1987 ficou pronto o primeiro Yak-41 e o seu primeiro vôo ocorreu 3 anos depois em 1990. A solução empregada pela Yakovlev para a capacidade VSTOL foi o emprego de 2 pequenos motores verticais de sustentação Rybinsk RD-41, montados logo atrás do centro de gravidade do avião, próximo à cabine do piloto, e um motor Koptychenko (MNPK Soyuz) R-79 V-300 com 15200 kgf de empuxo com pós combustor cujo bocal de escape se dobra para baixo no momento da decolagem. Os motores de sustentação frontal produzem, cada, 4170 kgf de empuxo. Essa combinação permitiu ao Yak-41 bater vários recordes mundiais dentro de sua categoria de aeronave.
Acima: Em primeiro plano o novo Yak-41 mostra-se maior que seu antecessor, o Yak-38. O tamanho não foi a unica coisa que aumentou. Todos os aspectos de combate e desempenho do Freestyle aumentar muito frente ao Forger.
A velocidade máxima que o Yak-41 podia atingir era de mach 1,6 (1800 km/h), desempenho extremamente satisfatório para esse tipo de avião. Seu alcance também foi muito melhorado, de forma que com decolagem vertical, para uma missão de defesa aérea (armado com 4 mísseis ar ar), o Yak-41 tinha um raio de ação de 700 km, aumentando para 1050 km se a decolagem fosse normal. No caso de uma viagem de travessia, o alcance máximo chegava a 3000 km com tanques externos. A razão de subida chegava a 15000 m/min, o que o tornava um bom interceptador. Estes números superam o desempenho do Harrier com grande margem.
Acima: Usando a decolagem convencional o Yak-41 conseguia um raio de ação 300 km maior do que se ele decolasse verticalmente.
Nesse ponto é muito importante desmentir uma inverdade afirmada pelos norte-americanos a respeito da primeira aeronave VSTOL supersônica a ser construída. O primeiro avião com essas características foi o russo Yak-41 Freestyle, diferentemente do que apontam os americanos quando dizem que seu caça de 5º geração F-35B Lightning II foi o primeiro avião VSTOL supersônico. Inclusive, vale ressaltar que a Lockheed Martin, fabricante do F-35, assinou um acordo de cooperação com a Yakovlev do qual o conteúdo deste acordo nunca foi explicado de forma clara. Porém, é fácil observar que a solução para decolagem vertical do F-35 é muito parecida com o que vemos no Yak-41.
Acima: O Yak-41 conseguia ficar 2 minutos e meio em vôo pairado. Aeronaves de combate com capacidade de decolagem e pouso verticais trazem grandes vantagens táticas para suas forças aérea. Lamentavelmente a Rússia não teve condições financeiras de levar o desenvolvimento deste modelo em frente.
O Yak-41 foi projetado para ser um caça multimissão e para isso sua suíte eletrônica contava com um radar multimodo NIIR Phazotron Zhuk, do mesmo tipo usado nos caças Mig-29M. Este radar de varredura mecânica com capacidade look down/ shot down, tem um alcance de 90 km contra um caça com RCS de 5m2 (um F-4 Phanton, por exemplo). Uma curiosidade que notei durante a pesquisa para escrever este artigo foi que os protótipos (4 no total) não tinham o sensor IRST (para detecção passiva por infravermelho), tão comuns nos aviões russos. O sistema HMD (Head Mounted Display), um item revolucionário na época da concepção deste caça e que estava sendo empregado nos caças MIG-29 Fulcrum e Su-27 Flanker, foi integrado aos sistemas de combate do Yak-41.
Acima: O radar NIIR Phazotron Zhuk, usado no Yak-41, dava uma capacidade multimissão importante ao caça. Esta versão, inicial do Zhuk, é a mesma usada nos caças MIG-29M.
A capacidade de armamento do Yak-41 era de 2600 kg, o que pode ser considerado relativamente pouco se comparado a muitos caças de linha de frente, porém as armas que poderiam ser empregadas eram de grande eficácia. Para combate ar ar, o caça podia transportar mísseis R-73 Archer, de curto alcance, cerca de 20 km e capacidade off boresight (fora do ângulo de visada do avião lançador) O R-73 pode ser lançado contra um caça inimigo posicionado a 45º do Yak-41. Versões mais recentes deste míssil conseguem ampliar este ângulo de aquisição do alvo a 80º. O míssil de médio alcance R-27 Alamo, com diversas versões podem ser usados pelo Yak-41 também. Este míssil tem como versão básica, o sistema de guiamento por radar semi-ativo (depende da iluminação do alvo pelo radar do caça lançador), porém seu alcance varia de 60 km até 170 km dependendo da versão. O míssil ar ar mais avançado que o Yak-41 estava preparado para usar é o R-77 Adder, um moderno míssil de médio alcance (80 km) e guiagem ativa, permitindo que o caça “dispare e esqueça” fazendo uma manobra evasiva após o lançamento. Para ataques a alvos em terra podem ser usados foguetes não guiados, bombas de queda livre ou de alto arrasto.
Acima: Nesta foto, o Yak-41 está armado com um míssil R-27ER (alcance extendido) Alamo, uma arma de guiagem semi ativa e alcance de 130 km.
As armas ar superfície inteligentes são representadas pelo míssil antinavio Kh-35U (AS-20 Kayak), um míssil com características similares aos mísseis ocidentais como o RGM-84 Harpoon. Sua ogiva é de 145 kg de alto explosivo incendiário, efeito este que compensa a sua carga menor. Seu perfil de ataque é de vôo é sea skimming (rasante com cerca de 5 m de altitude apenas) o que dificulta sua detecção. Sua velocidade é subsônica (cerca de 1000 km/h) e seu alcance chega a 130 km. O Uran tem um radar ativo, como a maioria dos mísseis de seu tipo, para rastrear o alvo, porém este radar possui forte resistência a interferidores jammer. Os mísseis anti-radar KH-31P e sua variante antinavio KH-31A são parte do arsenal do Yak 41 também. O KH-31P voa a velocidade de mach 4,5 (4700 km/h) e segue os sinais dos radares inimigos para destruir as antenas dos sistemas de defesa antiaérea. Seu alcance é de 110 km. Já a versão antinavio, KH-31A usa um radar ativo para encontrar seu alvo, porém seu alcance é bastante limitado, se comparado com mísseis antinavio ocidentais. Apenas 50 km e a sua velocidade é de 3600 km/h em perfil de vôo sea skimming (rente a água). A ogiva do KH-31 A é de 90 kg, também considerada leve, porém a alta velocidade importa em uma alta energia cinética que transferida para o casco do navio, causará sérios estragos. A versão KH-31P tem uma ogiva de 87 Kg, suficiente para destruir, com folga, qualquer antena de radares de controle de fogo ou defesa aérea. O Yak-41 tem como armamento orgânico um canhão Griasev Shipunov GSH-301, de 30 mm, com cadencia de tiro de 1500- 1800 tiros por minuto (25 a 30 tiros por segundo) com capacidade de 150 cartuchos.
Acima: O painel de controle do Yak-41 revela a idade do projeto. Notem que não há nenhum painel multifunção, dependendo de instrumentos analógicos.
O projeto do Yak-41 não seguiu em frente devido a os gravíssimos problemas financeiros que assolaram a Rússia após o fim da União Soviética. O Yak-41 era um promissor avião de combate, com alto desempenho e boa manobrabilidade garantida pela sua potência elevada e sua aerodinâmica. Certamente seria uma dor de cabeça para os norte americanos, pois uma aeronave como esta poderia ser usada em porta helicópteros, além de porta aviões e isso aumentaria a capacidade de combate da marinha russa, que hoje depende de apenas um navio aeródromo, o Kuznetsov, já descrito no Blog campo de Batalha Naval.
Acima: Neste desenho podemos ver o Yak-41 de todos os ângulos. Notem sua pequena envergadura.
FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: mach 0,85 (1050 km/h)
Velocidade máxima: mach 1,6 (1800km/h)
Razão de subida: 15000 m/min
Potência: 0,88
Fator de carga: 7 Gs (com metade do combustível interno)
Taxa de giro: 21º/s (estimado)
Razão de rolamento: 220º/s
Teto de serviço: 15500m.
Raio de ação/ alcance: 700 km (missão ar ar)/ 3000 km (com tanques externos)
Alcance do radar: NIIR Phazotron Zhuk 90 Km( alvos de 5m2 de RCS)
Empuxo: Um motor Koptychenko (MNPK Soyuz) R-79 V-300 com 15200 kgf de empuxo e 2 motores verticais Rybinsk RD-41 com 4170 kgf de empuxo.
DIMENSÕES
Comprimento: 18,36 m
Envergadura: 10,10 m
Altura: 5 m
Peso: 11650 kg. (Vazio)
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil R-73 Archer, míssil R-27 Alamo, Míssil R-77 Adder.
Ar Terra: Bombas de queda livre e de alto arrasto, foguetes não guiados de diversos tipos e modelos, mísseis Kh-31 e Kh-35U.
Interno: Canhão Griasev Shipunov GSH-301, de 30 mm.
Acima: O desenho do Yak-41 se mostra bastante convencional, com muitos cantos retos. Não houve nenhuma preocupação com o tratamento de sua reflexão a ondas de radar.
ABAIXO TEMOS UMA SEQÜÊNCIA DE 4 VIDEOS DE UM PROGRAMA ESPECIAL SOBRE O YAK-41. O PRGRAMA ESTÁ EM RUSSO
Fontes: Yakovlev (fabricante); Revista Aerospace News, nº 1; Site Military Today; Site warfire.Ru; Blog Hangar do Vinna; Site weapons and Technology.
Ação em combate
- 13 Gruppo/32 Stormo
- 14 Gruppo/2 Stormo
- 28 Gruppo/3 Stormo
- 101 Gruppo/32 Stormo
- 103 Gruppo/51 Stormo
- 132 Gruppo/51 Stormo
- 1º Esquadrão/16 Grupo de Aviação Esquadrão Adelphi
- 1º Esquadrão/10 Grupo de Aviação Esquadrão Poker
- 3º Esquadrão/10 Grupo de Aviação Esquadrão Centauro
Video
A-4 SkyHawk
McDonnell Douglas A-4 Skyhawk
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A-4 Skyhawk |
História
Em janeiro de 1952, a equipe de Edward Henry Heinemann (mais conhecido como Ed Heinemann) projetista-chefe da Douglas Aircraft Company (mais tarde McDonnell Douglas) apresentou um projeto para a Marinha Americana em resposta a uma requisição daquela força, que necessitava de uma aeronave de ataque com capacidade nuclear, baseada em porta-aviões, com raio de ação de 555 km, capaz de transportar 908 kg de armamento e atingir velocidades de 805 km/h, pesando até 13.600 kg e que não deveria custar mais de US$1.000.000,00 (um milhão de dólares) por unidade. Para cumprir essas difíceis exigências, o que Heinemann fez foi: peguei o melhor motor a jato, coloquei asas e esqueci o resto (sic). De fato, a "simplicidade" do projeto de Heinemann agradou à Marinha Americana que autorizou a fabricação de 2 protótipos, designados inicialmente como XA4D-1, mas que passsaram logo depois para para XA-4A devido a uma mudança na nomenclatura de aeronaves.O modelo inicial foi apresentado duas semanas após a primeira avaliação e tinha comprimento de 12,01 m, peso de 5.440 kg, velocidade superior à 950 km/h, carga de armas de 2.250 kg (incluindo artefatos nucleares) e uma envergadura de apenas 8,38 m, o que dispensava a necessidade de asas dobráveis para armazenamento em porta-aviões. O primeiro vôo da nova aeronave aconteceu em 22 de junho de1954. As dezoito aeronaves de pré-série, conhecidas como YA4D-1 (A-4A), foram seguidas pelo modelo de produção, chamado de A4D-1(A-4A), que voou em 14 de agosto de 1954. Em 15 de outubro de 1955, apenas dois meses após o seu primeiro vôo, o A4D-1 ou (A-4A) bateu o recorde de velocidade em circuito fechado de 500 km, atingindo 1.118 km/h.
As primeiras unidades começaram a ser entregas para a Marinha Americana em meados de 1956 e entraram em serviço ativo em outubro do mesmo ano. A produção foi mantida até fevereiro de 1979, totalizando 2.960 exemplares construídos em pelo menos 20 versões diferentes.A último versão produzida nova para os norte-americanos foi a A-4M, uma aeronave bastante sofisticada, usada principalmente pelos esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e o último modelo a sair da linha de montagem foi o A-4KU, uma série especial de 30 aeronaves (mais 6 bipostos TA-4KU) fornecidos para o Kuwait mas que atualmente servem à Marinha do Brasil.
Operadores
Entre os operadores do A-4 Skyhawk nas suas diversas variantes incluem-se os seguintes países e as seguintes forças armadas:
· Argentina (Força Aérea e Marinha)
· Brasil (Marinha)
· Israel (Força Aérea)
· Kuwait (Força Aérea)
· Singapura (Força Aérea)
· Austrália (Marinha)
· Malásia (Força Aérea )
· Nova Zelândia (Força Aérea)
· EUA (Marinha e Corpo de Fuzileiros
- Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil possui 23 exemplares de Skyhawk da versão A-4KU, a última a ser produzida. Desses, 20 são monopostos (versão A-4KU) e 3 bipostos de treinamento (versão TA-4KU). Destas aeronaves, cinco monoplaces são utilizados como fontes de peças.
O modelo monoposto foi designado AF-1 e o biposto AF-1A


DESCRIÇÃONa historia da aviação há muitos marcos que são considerados revolucionários e que elevaram a capacidade das aeronaves mudando drasticamente a forma de se combater e assim obrigando a estrategistas e engenheiros a se adaptarem as novas táticas e criarem adaptações para o novo cenário que esses marcos revolucionários implicavam. Vimos nesses últimos 100 anos de aviação, as metralhadoras serem substituídas por canhões e mísseis guiados; os motores a pistão serem substituídos por motores a reação que elevaram em 150 % a velocidade das aeronaves em relação ao que víamos na primeira guerra e segunda guerra mundial; aeronaves com desenho projetado para não refletir ondas de radar e assim poderem operar no campo de batalha impunemente, etc...
Porém uma das invenções mais impressionantes e revolucionarias foi sem a menor sombra de duvida o desenvolvimento do primeiro avião de combate capaz de decolar e pousar verticalmente, como um helicóptero. Esse projeto que resultou no famoso caça “Jump Jet” Harrier, da Hawker Siddeley na década de 60, foi o primeiro a ser bem sucedido nessa capacidade e a operar com sucesso em combate, como visto na Guerra das Malvinas onde os Harriers e Sea Harriers foram extremamente bem sucedidos em manter a superioridade aérea, mesmo contra aeronaves que voavam o dobro da velocidade que esses pequenos aviões conseguiam desenvolver.

DESCRIÇÃO


Acima: O Tornado F-3 foi equipado com uma versão um pouco mais potente do motor RB-199 que, originalmente, equipa o Tornado IDS de bombardeiro. Para a missão de interceptação, esta mudança se tornou necessária.



Acima: O Tornado F-3 foi usado pela força aérea da Arabia Saudita e Itália além da Inglaterra.
Acima: O Tornado F-3 teve sua fuselagem levemente alongada em relação ao modelo IDS de bombardeiro.
FICHA TÉCNICA
Potência: 0,68
Fator de carga: 7,5 Gs
Taxa de giro: 16º/s
Razão de rolamento: 180º/s
Teto de serviço: 15240 m.
Raio de ação/ alcance: 1850 km/ 4265 km
Alcance do radar: GEC Marconi Foxhunter 230 Km
Empuxo: Dois motores RB-199-34R MK-104 7348 kgf de empuxo máximo.
DIMENSÕES Comprimento: 18,68 m Envergadura: 13,91 m com a asa aberta e 8,6 m com as asas fechadas
Altura: 5,95 m
Peso: 14500 kg (vazio) ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM-120 Amraam, AIM-9L Sidewinder, AIM-132 Asraam, Míssil Sky FlashInterno: 1 canhão Mauser BK-27 de 27 mm com 180 munições.

ABAIXO PODEMOS ASSISTIR UM VÍDEO EM TRIBUTO AO TORNADO F-3.
Fontes: Livro West Modern Fighters, editora Salamander; Livro Asas de Guerra nº 5; Livro Aviões de Guerra, editora Nova Cultural.; Livro Guerra Moderna, Caças e bombardeiros, Editora Nova Cultural;
FICHA TÉCNICA
Acima: O desenho do Yak-41 se mostra bastante convencional, com muitos cantos retos. Não houve nenhuma preocupação com o tratamento de sua reflexão a ondas de radar.
Fontes: Yakovlev (fabricante); Revista Aerospace News, nº 1; Site Military Today; Site warfire.Ru; Blog Hangar do Vinna; Site weapons and Technology.
Descrição
| |
Fabricante
|
Douglas Aircraft Corporation
|
Entrada em serviço
|
outubro de 1956
|
Missão
|
Aeronave de Ataque, Caça-bombardeiro, Caça Multifunção
|
Tripulação
|
1 (ou 2 na versão de treinamento)
|
Dimensões
| |
Comprimento
|
12,2 m
|
Envergadura
|
8,4 m
|
Altura
|
4,6 m
|
Área (asas)
|
24,15 m²
|
Peso
| |
Tara
|
4.750 kg
|
Peso total
|
8.318 kg
|
Peso bruto máximo
|
11.136 kg
|
Propulsão
| |
Motores
|
1 x Pratt & Whitney J52
|
Performance
| |
Velocidade máxima
|
1.077 km/h
|
Armamento
| |
Metralhadoras
|
2× 20 mm Colt Mk 12 cannon, 100 tiros por arma
|
Mísseis/Bombas
|
AIM-9 Sidewinder e 4.490 kg em bombas
|
M.B.326K/Atlas Impala
Aermacchi M.B.326K/Atlas Impala

Ficha técnica:
Origem: Itália
Tipo de aeronave: Avião de suporte aproximado, reconhecimento tático e interceptação
Velocidade máxima: 889 km/h
Alcance: 2.130 km
Teto operacional:
Comprimento: 10,67 m
Envergadura: 10,85 m
Altura: 3.72 m
Peso ( vazio | máximo ) : 3.200 kg | 5.900 kg
Motores: 1 x Rolls-Royce Viper 632-43
Empuxo: 1 x 1.814 kg
Armamento: Dois canhões DEFA 553 de 30mm e 1.814 kg de armas em seis pontos externos, incluíndo mísseis ar-ar Matra 550 Magic
Países operadores: Argentina, Brasíl, Congo, Emirado Árabes Unidos, Gana, Paraguai, África do Sul, Togo, Tunisia, Zambia.
Tipo de aeronave: Avião de suporte aproximado, reconhecimento tático e interceptação
Velocidade máxima: 889 km/h
Alcance: 2.130 km
Teto operacional:
Comprimento: 10,67 m
Envergadura: 10,85 m
Altura: 3.72 m
Peso ( vazio | máximo ) : 3.200 kg | 5.900 kg
Motores: 1 x Rolls-Royce Viper 632-43
Empuxo: 1 x 1.814 kg
Armamento: Dois canhões DEFA 553 de 30mm e 1.814 kg de armas em seis pontos externos, incluíndo mísseis ar-ar Matra 550 Magic
Países operadores: Argentina, Brasíl, Congo, Emirado Árabes Unidos, Gana, Paraguai, África do Sul, Togo, Tunisia, Zambia.
Av-8 Harrier B
Boeing AV-8B Harrier II

Ficha técnica:
Origem: EUA
Tipo de aeronave: Avião de suporte aproximado com capacidade de decolagem e pouso verticias
Velocidade máxima: 1.063 km/h
Alcance: 277 km
Teto operacional:
Comprimento: 14,12 m
Envergadura: 9,25 m
Altura: 3,55 m
Peso ( vazio | máximo ) : 6.000 kg | 14.000 kg
Motores: 1 x Rolls-Royce F402-RR-408
Empuxo: 1 x 10.796 kg
Armamento: Um canhão GAU-12/U de 25mm + 7.700 kg de armamento em seis pontos externos.
Países operadores: Espanha, EUA, Grã-Bretanha, Itália
Tipo de aeronave: Avião de suporte aproximado com capacidade de decolagem e pouso verticias
Velocidade máxima: 1.063 km/h
Alcance: 277 km
Teto operacional:
Comprimento: 14,12 m
Envergadura: 9,25 m
Altura: 3,55 m
Peso ( vazio | máximo ) : 6.000 kg | 14.000 kg
Motores: 1 x Rolls-Royce F402-RR-408
Empuxo: 1 x 10.796 kg
Armamento: Um canhão GAU-12/U de 25mm + 7.700 kg de armamento em seis pontos externos.
Países operadores: Espanha, EUA, Grã-Bretanha, Itália
BOEING/ BAE SYSTEM AV-8B HARRIER II PLUS. A segunda geração da revolução

DESCRIÇÃONa historia da aviação há muitos marcos que são considerados revolucionários e que elevaram a capacidade das aeronaves mudando drasticamente a forma de se combater e assim obrigando a estrategistas e engenheiros a se adaptarem as novas táticas e criarem adaptações para o novo cenário que esses marcos revolucionários implicavam. Vimos nesses últimos 100 anos de aviação, as metralhadoras serem substituídas por canhões e mísseis guiados; os motores a pistão serem substituídos por motores a reação que elevaram em 150 % a velocidade das aeronaves em relação ao que víamos na primeira guerra e segunda guerra mundial; aeronaves com desenho projetado para não refletir ondas de radar e assim poderem operar no campo de batalha impunemente, etc...
Porém uma das invenções mais impressionantes e revolucionarias foi sem a menor sombra de duvida o desenvolvimento do primeiro avião de combate capaz de decolar e pousar verticalmente, como um helicóptero. Esse projeto que resultou no famoso caça “Jump Jet” Harrier, da Hawker Siddeley na década de 60, foi o primeiro a ser bem sucedido nessa capacidade e a operar com sucesso em combate, como visto na Guerra das Malvinas onde os Harriers e Sea Harriers foram extremamente bem sucedidos em manter a superioridade aérea, mesmo contra aeronaves que voavam o dobro da velocidade que esses pequenos aviões conseguiam desenvolver.
Acima: Em tempos de guerra o armamento transportado pelos aviões de combate dificilmente atingem a capacidade total do avião. Isso é necessário devido a perigosa perda de desempenho dos caças quando totalmente armados. Aqui um AV-8B aparece com uma bomba guiada a laser GBU-12 Paveway II durante a campanha Desert Storm, no Golfo Persico em 1991
Porém, com a experiência adquirida nos caças Harriers, os pilotos perceberam algumas deficiências no Harrier original que precisariam ser resolvidas para poder manter esses aviões como uma plataforma de combate válida nos anos 90 e no inicio do século 21. Assim a Mc Donnell Douglas, hoje Boeing Company, em associação com a BAE System, projetaram um novo Harrier, que nos Estados Unidos foi chamado de AV-8B Harrier II que como o nome já diz, se tratou da segunda geração do Harrier.

Porém, com a experiência adquirida nos caças Harriers, os pilotos perceberam algumas deficiências no Harrier original que precisariam ser resolvidas para poder manter esses aviões como uma plataforma de combate válida nos anos 90 e no inicio do século 21. Assim a Mc Donnell Douglas, hoje Boeing Company, em associação com a BAE System, projetaram um novo Harrier, que nos Estados Unidos foi chamado de AV-8B Harrier II que como o nome já diz, se tratou da segunda geração do Harrier.

Acima: Este AV-8B durante um procedimento de reabastecimento em vôo. Essa capacidade foi bastante explorada durante a guerra do Golfo, onde o AV-8B participou intensamente em apoio aéreo para os fuzileiros navais norte americanos.
Muitas das mudanças incorporadas a o AV-8B podem ser vistas externamente, como as asas de maior diâmetro e com bordas de ataque aumentadas (LERX) para permitir, não só uma maior manobrabilidade, mas também mais combustível e armamento com o incremento de dois novos cabides de armas, um em cada asa. O cone do AV-8B foi modificado, também, com a instalação de um sistema multi-sensor Hughes AN/ASB-19 ARBS sistema que gerencia continuamente o ângulo para lançamento de bombas garantindo um aumento significativo na precisão de lançamento de armas, principalmente a bombas “burras” (sem nenhum tipo de guiagem). Na ultima versão do AV-8B, conhecida como Harrier II plus, esse sensor deu lugar a um novo radomo onde abriga um radar pulso doppler AN/APG-65 do mesmo tipo usado no F/A-18A Hornet e que permite uma melhoria na capacidade de combate ar ar do Harrier, pois a partir dessa mudança passou a incorporar mísseis ar ar AIM-120 Amraam em seu arsenal e assim executar missões de defesa aérea. Este radar possui um alcance de 140 km contra alvos com uma sessão frontal de um caça convencional (5m2). O uso do radar AN/APG-65 permitiu também uma melhora nas funções de ataque, pois com este equipamento pode-se atacar alvos navais com o uso de mísseis antinavio AGM-84 Harpoon. Outro sensor que o AV-8B Harrier Plus transporta é o pod de reconhecimento e designação de alvos Litening II, fabricado pela Northrop Grumman. Esse pod possui um apontador de laser para iluminar alvos de bombas guiadas a laser, um sistema de TV e um FLIR para operações em condições de clima adverso e a noite.

Muitas das mudanças incorporadas a o AV-8B podem ser vistas externamente, como as asas de maior diâmetro e com bordas de ataque aumentadas (LERX) para permitir, não só uma maior manobrabilidade, mas também mais combustível e armamento com o incremento de dois novos cabides de armas, um em cada asa. O cone do AV-8B foi modificado, também, com a instalação de um sistema multi-sensor Hughes AN/ASB-19 ARBS sistema que gerencia continuamente o ângulo para lançamento de bombas garantindo um aumento significativo na precisão de lançamento de armas, principalmente a bombas “burras” (sem nenhum tipo de guiagem). Na ultima versão do AV-8B, conhecida como Harrier II plus, esse sensor deu lugar a um novo radomo onde abriga um radar pulso doppler AN/APG-65 do mesmo tipo usado no F/A-18A Hornet e que permite uma melhoria na capacidade de combate ar ar do Harrier, pois a partir dessa mudança passou a incorporar mísseis ar ar AIM-120 Amraam em seu arsenal e assim executar missões de defesa aérea. Este radar possui um alcance de 140 km contra alvos com uma sessão frontal de um caça convencional (5m2). O uso do radar AN/APG-65 permitiu também uma melhora nas funções de ataque, pois com este equipamento pode-se atacar alvos navais com o uso de mísseis antinavio AGM-84 Harpoon. Outro sensor que o AV-8B Harrier Plus transporta é o pod de reconhecimento e designação de alvos Litening II, fabricado pela Northrop Grumman. Esse pod possui um apontador de laser para iluminar alvos de bombas guiadas a laser, um sistema de TV e um FLIR para operações em condições de clima adverso e a noite.

Acima: A instalação do radar multimodo AN/APG-65 trouxe para o Harrier II uma verdadeira capacidade de combate aéreo. A partir desta importante mudança, o AV-8B passou a contar com a possibilidade de lançar mísseis BVR (fora do alcance visual) AIM-120 Amraam.
O armamento do AV-8B é bastante variado. Ao todo podem ser transportados 6 toneladas de cargas externas nele. Ele pode operar com mísseis ar ar de curto alcance Raytheon AIM-9 L/M Sidewinder, guiados por calor; mísseis Raytheon AIM-120 Amraam guiados por radar ativo e com alcance que pode chegar a 90 km dependendo da versão. Para missões ar superfície o armamento principal do AV-8B é o míssil Raytheon AGM-65 Maverick guiado por TV, IR ou a laser, dependendo da versão. Este míssil é usado essencialmente contra alvos blindados como tanques e edificações de armazenamento de combustível e munições inimigas localizados a uma distancia que pode chegar a 28 km. Bombas “burras” MK-82/ 83/ 84 e bombas de fragmentação de diversos tipos. A mais recente arma ar superfície incorporada ao arsenal do AV-8B é a bomba guiada por GPS GBU-32 JDAM, fabricada pela Boeing. Esta bomba com 447 kg tem um alcance que chega a 24 km quando lançada em alta altitude e sua precisão é de 10 metros do ponto pretendido. Para ataques antinavio pode ser usado o míssil AGM-64 Harpoon como mencionado antes e o míssil britânico Sea Eagle, da BAE, e cujo alcance chega a 110 km e com guiagem por radar ativo.
O Harrier II pode ser armado com lançadores de foguetes de diversos calibres para saturação de área. As bombas guiadas a laser GBU-12 e GBU16 também são comuns nas asas do AV-8B.
O armamento orgânico é um canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm e com consegue uma cadencia de 4200 tiros por minuto. Este canhão está carregado com 300 cartuchos.

O armamento do AV-8B é bastante variado. Ao todo podem ser transportados 6 toneladas de cargas externas nele. Ele pode operar com mísseis ar ar de curto alcance Raytheon AIM-9 L/M Sidewinder, guiados por calor; mísseis Raytheon AIM-120 Amraam guiados por radar ativo e com alcance que pode chegar a 90 km dependendo da versão. Para missões ar superfície o armamento principal do AV-8B é o míssil Raytheon AGM-65 Maverick guiado por TV, IR ou a laser, dependendo da versão. Este míssil é usado essencialmente contra alvos blindados como tanques e edificações de armazenamento de combustível e munições inimigas localizados a uma distancia que pode chegar a 28 km. Bombas “burras” MK-82/ 83/ 84 e bombas de fragmentação de diversos tipos. A mais recente arma ar superfície incorporada ao arsenal do AV-8B é a bomba guiada por GPS GBU-32 JDAM, fabricada pela Boeing. Esta bomba com 447 kg tem um alcance que chega a 24 km quando lançada em alta altitude e sua precisão é de 10 metros do ponto pretendido. Para ataques antinavio pode ser usado o míssil AGM-64 Harpoon como mencionado antes e o míssil britânico Sea Eagle, da BAE, e cujo alcance chega a 110 km e com guiagem por radar ativo.
O Harrier II pode ser armado com lançadores de foguetes de diversos calibres para saturação de área. As bombas guiadas a laser GBU-12 e GBU16 também são comuns nas asas do AV-8B.
O armamento orgânico é um canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm e com consegue uma cadencia de 4200 tiros por minuto. Este canhão está carregado com 300 cartuchos.

Acima: A Espanha usa seus EAV-8B Matador II no seu porta-aviões Principe de Asturias em todas as funçõs tipicas de um caça multimissão.
Outra mudança incorporada ao AV-8B Harrier II que não está aos olhos do observador é o seu novo motor derivado do Rolls Royce Pegasus 104, conhecido como Pegasus MK 105 ou F-402-RR-408 montado nos Estados Unidos. Este motor fornece um empuxo maximo de 10500 kg. Cerca de 25 % mais empuxo que a versão anterior e dando uma relação empuxo peso de cerca de 1.05 para o AV-8B. Mesmo assim o Harrier II ainda não consegue ser supersônico, o que acarreta uma das maiores criticas ao modelo para ser usado em missões ar ar. Porém esse aumento de potencia somado a nova asa, proporcionou uma significativa melhora na capacidade de manobra de combate.
A versão AV-8B Harrier II Plus é usada pelos Estados Unidos, Espanha e Itália. O substituto do Harrier II, o F-35B Lightining II, já descrito no Blog Campo de Batalha Aérea, já está pronto e voando sua fase de testes. De acordo com o cronograma planejado, no ano de 2012 os primeiros caças F-35B começam a substituir os Harriers II do corpo de fuzileiros navais da marinha dos Estados Unidos. Posteriormente os Harriers Espanhóis e Italianos deverão ser substituídos também dando o merecido descanso a este jato cuja origem do projeto já chega aos 50 anos.

Outra mudança incorporada ao AV-8B Harrier II que não está aos olhos do observador é o seu novo motor derivado do Rolls Royce Pegasus 104, conhecido como Pegasus MK 105 ou F-402-RR-408 montado nos Estados Unidos. Este motor fornece um empuxo maximo de 10500 kg. Cerca de 25 % mais empuxo que a versão anterior e dando uma relação empuxo peso de cerca de 1.05 para o AV-8B. Mesmo assim o Harrier II ainda não consegue ser supersônico, o que acarreta uma das maiores criticas ao modelo para ser usado em missões ar ar. Porém esse aumento de potencia somado a nova asa, proporcionou uma significativa melhora na capacidade de manobra de combate.
A versão AV-8B Harrier II Plus é usada pelos Estados Unidos, Espanha e Itália. O substituto do Harrier II, o F-35B Lightining II, já descrito no Blog Campo de Batalha Aérea, já está pronto e voando sua fase de testes. De acordo com o cronograma planejado, no ano de 2012 os primeiros caças F-35B começam a substituir os Harriers II do corpo de fuzileiros navais da marinha dos Estados Unidos. Posteriormente os Harriers Espanhóis e Italianos deverão ser substituídos também dando o merecido descanso a este jato cuja origem do projeto já chega aos 50 anos.

Acima: O painel do AV-8B tem o layout tipico dos caças do inicio dos anos 90. Embora este padrão seja considerado ultrapassado nos dias atuais, ainda é um avanço consideravel em relação aos painéis dos Harriers originais.
FICHA TECNICA
FICHA TECNICA
Velocidade de cruzeiro: mach 0.75 (900 km/h)
Velocidade máxima: mach 0.89 (1070 km/h)
Razão de subida: 4485 m/min
Peso/Potência: 1.05
Fator de carga: +8 Gs, -3 Gs
Taxa de giro: 14º/s
Razão de rolamento: 200º/s
Raio de ação/ alcance: 556 km/ 3300 km (com 4 tanques externos)
Alcance do radar: Raytheon AN/APG-65 com 140 km de alcance.
Empuxo: 1 motor Rolls Royce F-402-RR-408 com 10500 kg de empuxo.
Empuxo: 1 motor Rolls Royce F-402-RR-408 com 10500 kg de empuxo.
DIMENSÕES
Comprimento: 14,12 m
Comprimento: 14,12 m
Envergadura: 9,25 m
Altura: 3,55 m
Peso: 6336 Kg (Vazio) 14600 Kg (Maximo)
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM-9 L/M Sidewinder; Míssil AIM-120 Amraam
Ar Terra: Bombas de queda livre (burras) MK-82/ 83/ 84; Bombas guiadas a Laser GBU-12 /16; Bombas GBU-32 JDAM; Bombas de fragmentação; Míssil AGM-65 Maverick, Míssil AGM-84 Harpoon; míssil BAE Sea Eagle, casulos de foguetes (diversos calibres)
Interno: 1 canhão GAU-12U Equalizer de 5 canos rotativos em calibre 25 mm.
ABAIXO TEMOS UM VIDEO ONDE UM EAV-8B MATADOR II DA MARINHA ESPANHOLA SE APRESENTA EM UM SHOW AÉREO.
PANAVIA TORNADO F.MK3. A sentinela britânica.

DESCRIÇÃO
Nos Blogs Campo De Batalha não costumam aparecer matérias sobre sistemas de armas que não estejam mais em uso, porém considero importante apresentar, de vez em quando, um ou outro sistema que tenha sido importante no contexto da época em que estiveram em serviço.
O avião interceptador que tratarei nas próximas linhas é um destes casos que mereceu seu espaço nas paginas deste Blog. O Panavia Tornado F-3 é a versão de interceptação e combate aéreo do famoso e bem sucedido bombardeiro Tornado IDS.
Embora o projeto do Tornado tivesse sido fruto de um programa multinacional envolvendo a Itália, Inglaterra e Alemanha, a variante de defesa aérea, chamada pelo fabricante como ADV (Air Defense Variant) foi desenvolvida e financiada pela Inglaterra que precisava de um novo interceptador de longo alcance que substituísse seus Phanton FGR.MK2 e os velhos caças English Electric Lightning F-6. Os estudos para se chegar neste interceptados começaram em 1968, porém a liberação para a construção do protótipo ocorreu em março de 1976 sendo que o primeiro vôo do protótipo do Tornado ADV ocorreu em outubro de 1979.
Os primeiros ADV foram batizados de Tornado F-2 pela Royal Air Force (RAF) ou “Força Aérea Britânica” e entraram em serviço com 18 unidades em março de 1984.

Acima: O velho English Electric Lightning, embora tivesse marcado época com seu desempenho invejável, precisava ser aposentado pois não daria conta das novas ameaças impostas pelos bombardeiros soviéticos.
Este modelo inicial de produção tinha uma certa limitação e estava equipado com dois motores Turbo Union RB-199 MK-103 que produziam 7150 kg de empuxo cada um. Estes motores eram os mesmo usados nos Tornados de bombardeiro. Outro sério problema que ocorreu foi que o radar projetado para uso no Tornado ADV, o Foxhunter, estava apresentando problemas em seu desenvolvimento e por isso esses Tornados F-2 iniciaram sua operação sem os seus radares. Outro ponto interessante sobre as limitações do modelo F-2 era que ele transportava apenas um míssil AIM-9 Sidewinder em cada asa, além de quatro mísseis Skyflash (uma versão inglesa do míssil norte americano AIM-7 Sparrow), de guiagem semi-ativa sob a fuselagem. As asas de geometria variável tinham apenas quatro posições pré-definidas.
Acima: Nesta antiga foto podemos ver um Tornado ADV F-2, a primeira versão de produção do Tornado de interceptação. Estes primeiros exemplares operaram sem radar durante um breve período por causa de sérios problemas de desenvolvimento do radar Foxhunter.
A versão definitiva do Tornado ADV foi chamada de F.MK3 ou, simplesmente, F-3 e tinha melhorias significativas frente a o modelo inicial F-2, começando pelo motor que recebeu uma seção alongada do pós combustor. Este novo motor é chamado RB-199-34R MK-104 que conseguiu uma pequena melhora no empuxo máximo, que agora chega a 7348 kg cada, e permitiu ao F-3 atingir uma velocidade máxima de 2338 km/h em alta altitude. As asas do F-3 são totalmente moveis e se adaptam automaticamente as velocidades do avião para se conseguir um resultado de manobra ideal em todos os regimes de vôo. Nesse modelo, podem ser transportado 2 mísseis guiados por infravermelho IR de curto alcance em cada asa mais 4 mísseis de médio alcance semi-embutidos sob a fuselagem.
A versão definitiva do Tornado ADV foi chamada de F.MK3 ou, simplesmente, F-3 e tinha melhorias significativas frente a o modelo inicial F-2, começando pelo motor que recebeu uma seção alongada do pós combustor. Este novo motor é chamado RB-199-34R MK-104 que conseguiu uma pequena melhora no empuxo máximo, que agora chega a 7348 kg cada, e permitiu ao F-3 atingir uma velocidade máxima de 2338 km/h em alta altitude. As asas do F-3 são totalmente moveis e se adaptam automaticamente as velocidades do avião para se conseguir um resultado de manobra ideal em todos os regimes de vôo. Nesse modelo, podem ser transportado 2 mísseis guiados por infravermelho IR de curto alcance em cada asa mais 4 mísseis de médio alcance semi-embutidos sob a fuselagem.

Acima: O Tornado F-3 foi equipado com uma versão um pouco mais potente do motor RB-199 que, originalmente, equipa o Tornado IDS de bombardeiro. Para a missão de interceptação, esta mudança se tornou necessária.

Acima: O Tornado é o mais veloz avião em baixa altitude no mundo. Sua capacidade de combate de curto alcance (dog fight), no entanto, não era seu forte, embora o modelo podia dar trabalho se fosse bem pilotado.
E falando em armamento, o F-3, podia ser armado com mísseis AIM-9L Sidewinder, guiados por infravermelho e com alcance de cerca de 18 km. Este míssil tem um sensor IR com capacidade “all-aspect”, ou seja, ele pode ser usado contra um alvo de qualquer quadrante, incluindo de frente. Embora se trate de um míssil antigo, seu histórico de combates é invejável, com um índice de acerto de 80% em combates reais. Mais recentemente, o F-3 foi armado com um novo e moderno míssil de curto alcance, o AIM-132 Asraam, que usa o mesmo sensor IR do AIM-9X Sidewinder, com capacidade de encontrar um alvo a 90º fora do ponto de visada e é capaz de manobrar a 50 Gs. O alcance é de 15 km contra um alvo em rota de colisão e a ogiva é de 8,2 kg fragmentada acionada por aproximação.
E falando em armamento, o F-3, podia ser armado com mísseis AIM-9L Sidewinder, guiados por infravermelho e com alcance de cerca de 18 km. Este míssil tem um sensor IR com capacidade “all-aspect”, ou seja, ele pode ser usado contra um alvo de qualquer quadrante, incluindo de frente. Embora se trate de um míssil antigo, seu histórico de combates é invejável, com um índice de acerto de 80% em combates reais. Mais recentemente, o F-3 foi armado com um novo e moderno míssil de curto alcance, o AIM-132 Asraam, que usa o mesmo sensor IR do AIM-9X Sidewinder, com capacidade de encontrar um alvo a 90º fora do ponto de visada e é capaz de manobrar a 50 Gs. O alcance é de 15 km contra um alvo em rota de colisão e a ogiva é de 8,2 kg fragmentada acionada por aproximação.
Para ataques fora do alcance visual, o Tornado foi armado, inicialmente, com o míssil Skyflash, uma variante inglesa do míssil AIM-7 Sparrow de guiagem semiativa e com alcance na casa dos 45 km. Posteriormente, em 1996, o Skyflash foi substituído pelo muito mais moderno e eficaz míssil AIM-120 Amraam. Guiado por radar ativo, permitindo lançar o míssil sem ter que ficar iluminando o alvo. O AIM-120 A, especificamente, tinha alcance de cerca de 50 km (as versões mais recentes dobraram este alcance) e seu percentual de acertos em combate está em cerca de 60 %.
Como armamento interno, o F-3 usa apenas um canhão Mauser BK-27 de calibre 27 mm com 180 munições. Este excelente canhão consegue uma cadência seletiva de 1000 ou 1700 tiros por minuto.
Acima: Um Tornado F-3 lança um míssil Sky Flash em um treinamento de tiro. Esta arma éra uma versão do Sparrow norte americano.
Acima: Os bombardeiros estratégicos como este Tu- 95 Bear interceptado por dois elementos de Tornados F-3 deram bastante trabalho para a defesa aérea britânica.
O radar usado pelo Tornado F-3 é o GEC Marconi Foxhunter do tipo Pulso Doppler que opera de forma mecânica, e com capacidade look down/ shoot down (rastreia alvos abaixo do caça e consegue travar o alvo para disparo) como os radares contemporâneos desse modelo, porém, seu alcance é de 230 km contra um alvo de grandes dimensões, como um bombardeiro, por exemplo. Um caça convencional pode ser detectado a 140 km. O F-3 possuía um sistema de identificação amigo/ inimigo (IFF), muito importante na missão de interceptação. E o modelo já contava com um sistema de intercambio seguro de dados limitado fornecido pela GEC Marconi.
Um sistema de receptação de radar RHWR foi instalado na parte de cima da cauda e nas pontas das asas, e informava quando o F-3 foi rastreado por um radar hostil e a direção desse radar. Para se defender de mísseis inimigos, foram instalados dois lançadores AN/ALE 40 (V) de flares e de chaffs para confundir mísseis guiados por calor e por radar, respectivamente.
Acima: Dois Tornado F-3 sobem soltando Flares para despistar mísseis guiados a calor.O radar usado pelo Tornado F-3 é o GEC Marconi Foxhunter do tipo Pulso Doppler que opera de forma mecânica, e com capacidade look down/ shoot down (rastreia alvos abaixo do caça e consegue travar o alvo para disparo) como os radares contemporâneos desse modelo, porém, seu alcance é de 230 km contra um alvo de grandes dimensões, como um bombardeiro, por exemplo. Um caça convencional pode ser detectado a 140 km. O F-3 possuía um sistema de identificação amigo/ inimigo (IFF), muito importante na missão de interceptação. E o modelo já contava com um sistema de intercambio seguro de dados limitado fornecido pela GEC Marconi.
Um sistema de receptação de radar RHWR foi instalado na parte de cima da cauda e nas pontas das asas, e informava quando o F-3 foi rastreado por um radar hostil e a direção desse radar. Para se defender de mísseis inimigos, foram instalados dois lançadores AN/ALE 40 (V) de flares e de chaffs para confundir mísseis guiados por calor e por radar, respectivamente.

Acima: Um tornado F-3 "mata sua sede" num reabastecimento aéreo. Estes aviões foram usados na guerra do Golfo para proteger os céus sauditas e proteger os pacotes de ataque da coalizão.
O Tornado F-3 foi projetado como um interceptador para destruir bombardeiros estratégicos soviéticos, porém, o modelo tinha uma capacidade de manobra superior ao do F-4 Phanton, chegando a 7,5 Gs em curva instantânea, porém, era bastante inferior a um caça de 4º geração como o F-16, ou o MIG-29 Fulcrum. A integração do míssil ar ar de curto alcance AIM-132 Asraam e o míssil norte americano AIM-120 Amraam de médio alcance, melhoraram sua capacidade de combate aéreo, porém, o modelo acabou sendo substituído pelo moderno e eficiente caça Eurofighter Typhoon, já descrito nas paginas deste blog.
O Tornado F-3 foi projetado como um interceptador para destruir bombardeiros estratégicos soviéticos, porém, o modelo tinha uma capacidade de manobra superior ao do F-4 Phanton, chegando a 7,5 Gs em curva instantânea, porém, era bastante inferior a um caça de 4º geração como o F-16, ou o MIG-29 Fulcrum. A integração do míssil ar ar de curto alcance AIM-132 Asraam e o míssil norte americano AIM-120 Amraam de médio alcance, melhoraram sua capacidade de combate aéreo, porém, o modelo acabou sendo substituído pelo moderno e eficiente caça Eurofighter Typhoon, já descrito nas paginas deste blog.
Acima: O Tornado F-3 foi usado pela força aérea da Arabia Saudita e Itália além da Inglaterra.

Acima: O Tornado F-3 teve sua fuselagem levemente alongada em relação ao modelo IDS de bombardeiro.
FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: mach 0,95
Velocidade máxima: mach 2.2 Razão de subida: 12180 m/minPotência: 0,68
Fator de carga: 7,5 Gs
Taxa de giro: 16º/s
Razão de rolamento: 180º/s
Teto de serviço: 15240 m.
Raio de ação/ alcance: 1850 km/ 4265 km
Alcance do radar: GEC Marconi Foxhunter 230 Km
Empuxo: Dois motores RB-199-34R MK-104 7348 kgf de empuxo máximo.
DIMENSÕES Comprimento: 18,68 m Envergadura: 13,91 m com a asa aberta e 8,6 m com as asas fechadas
Altura: 5,95 m
Peso: 14500 kg (vazio) ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM-120 Amraam, AIM-9L Sidewinder, AIM-132 Asraam, Míssil Sky FlashInterno: 1 canhão Mauser BK-27 de 27 mm com 180 munições.

ABAIXO PODEMOS ASSISTIR UM VÍDEO EM TRIBUTO AO TORNADO F-3.
Fontes: Livro West Modern Fighters, editora Salamander; Livro Asas de Guerra nº 5; Livro Aviões de Guerra, editora Nova Cultural.; Livro Guerra Moderna, Caças e bombardeiros, Editora Nova Cultural;
YAKOVLEV YAK 41 FREESTYLE. O supersônico de decolagem vertical.
DESCRIÇÃO
Os russos, mesmo com um orçamento militar consideravelmente menor que o disponibilizado pelos Estados Unidos, consegue realizar algumas façanhas muito interessantes no campo da tecnologia bélica. O avião que apresentarei agora é um dos frutos desta criatividade da indústria russa.
A Yakovlev desenvolveu dois modelos de aeronaves de decolagem e pouso vertical durante a década de 60. O protótipo Yak-36 e o caça Yak 38 Forger, que efetivamente entrou em serviço em 1976. O Forger, especificamente, era uma aeronave com restrições de desempenho e de carga de combate de forma que ele não supria as necessidades da marinha russa quanto a ter uma aeronave de defesa da frota que fosse efetivo. Seus dados de desempenho o colocaram abaixo do caça Harrier, já descrito neste blog. Por isso, os soviéticos, mesmo com a entrada recente em serviço do Forger, decidiram que precisariam de uma aeronave VSTOL de desempenho e capacidade similares as encontradas nos caças de linha de frente e solicitaram a Yakovlev, em 1975, que levasse em frente os estudos de desenvolvimento dessa futura aeronave.
A Yakovlev desenvolveu dois modelos de aeronaves de decolagem e pouso vertical durante a década de 60. O protótipo Yak-36 e o caça Yak 38 Forger, que efetivamente entrou em serviço em 1976. O Forger, especificamente, era uma aeronave com restrições de desempenho e de carga de combate de forma que ele não supria as necessidades da marinha russa quanto a ter uma aeronave de defesa da frota que fosse efetivo. Seus dados de desempenho o colocaram abaixo do caça Harrier, já descrito neste blog. Por isso, os soviéticos, mesmo com a entrada recente em serviço do Forger, decidiram que precisariam de uma aeronave VSTOL de desempenho e capacidade similares as encontradas nos caças de linha de frente e solicitaram a Yakovlev, em 1975, que levasse em frente os estudos de desenvolvimento dessa futura aeronave.
Acima: O caça Yak-38 Forger foi uma aeronave com desempenho pobre e de pouco valor militar. Porém seu sistema de propulsão influenciou o desenvolvimento do seu substituto, o Yak-41 Freestyle.
Em 1987 ficou pronto o primeiro Yak-41 e o seu primeiro vôo ocorreu 3 anos depois em 1990. A solução empregada pela Yakovlev para a capacidade VSTOL foi o emprego de 2 pequenos motores verticais de sustentação Rybinsk RD-41, montados logo atrás do centro de gravidade do avião, próximo à cabine do piloto, e um motor Koptychenko (MNPK Soyuz) R-79 V-300 com 15200 kgf de empuxo com pós combustor cujo bocal de escape se dobra para baixo no momento da decolagem. Os motores de sustentação frontal produzem, cada, 4170 kgf de empuxo. Essa combinação permitiu ao Yak-41 bater vários recordes mundiais dentro de sua categoria de aeronave.
Acima: Em primeiro plano o novo Yak-41 mostra-se maior que seu antecessor, o Yak-38. O tamanho não foi a unica coisa que aumentou. Todos os aspectos de combate e desempenho do Freestyle aumentar muito frente ao Forger.
A velocidade máxima que o Yak-41 podia atingir era de mach 1,6 (1800 km/h), desempenho extremamente satisfatório para esse tipo de avião. Seu alcance também foi muito melhorado, de forma que com decolagem vertical, para uma missão de defesa aérea (armado com 4 mísseis ar ar), o Yak-41 tinha um raio de ação de 700 km, aumentando para 1050 km se a decolagem fosse normal. No caso de uma viagem de travessia, o alcance máximo chegava a 3000 km com tanques externos. A razão de subida chegava a 15000 m/min, o que o tornava um bom interceptador. Estes números superam o desempenho do Harrier com grande margem.
Acima: Usando a decolagem convencional o Yak-41 conseguia um raio de ação 300 km maior do que se ele decolasse verticalmente.
Nesse ponto é muito importante desmentir uma inverdade afirmada pelos norte-americanos a respeito da primeira aeronave VSTOL supersônica a ser construída. O primeiro avião com essas características foi o russo Yak-41 Freestyle, diferentemente do que apontam os americanos quando dizem que seu caça de 5º geração F-35B Lightning II foi o primeiro avião VSTOL supersônico. Inclusive, vale ressaltar que a Lockheed Martin, fabricante do F-35, assinou um acordo de cooperação com a Yakovlev do qual o conteúdo deste acordo nunca foi explicado de forma clara. Porém, é fácil observar que a solução para decolagem vertical do F-35 é muito parecida com o que vemos no Yak-41.
Acima: O Yak-41 conseguia ficar 2 minutos e meio em vôo pairado. Aeronaves de combate com capacidade de decolagem e pouso verticais trazem grandes vantagens táticas para suas forças aérea. Lamentavelmente a Rússia não teve condições financeiras de levar o desenvolvimento deste modelo em frente.
O Yak-41 foi projetado para ser um caça multimissão e para isso sua suíte eletrônica contava com um radar multimodo NIIR Phazotron Zhuk, do mesmo tipo usado nos caças Mig-29M. Este radar de varredura mecânica com capacidade look down/ shot down, tem um alcance de 90 km contra um caça com RCS de 5m2 (um F-4 Phanton, por exemplo). Uma curiosidade que notei durante a pesquisa para escrever este artigo foi que os protótipos (4 no total) não tinham o sensor IRST (para detecção passiva por infravermelho), tão comuns nos aviões russos. O sistema HMD (Head Mounted Display), um item revolucionário na época da concepção deste caça e que estava sendo empregado nos caças MIG-29 Fulcrum e Su-27 Flanker, foi integrado aos sistemas de combate do Yak-41.


Acima: O radar NIIR Phazotron Zhuk, usado no Yak-41, dava uma capacidade multimissão importante ao caça. Esta versão, inicial do Zhuk, é a mesma usada nos caças MIG-29M.
A capacidade de armamento do Yak-41 era de 2600 kg, o que pode ser considerado relativamente pouco se comparado a muitos caças de linha de frente, porém as armas que poderiam ser empregadas eram de grande eficácia. Para combate ar ar, o caça podia transportar mísseis R-73 Archer, de curto alcance, cerca de 20 km e capacidade off boresight (fora do ângulo de visada do avião lançador) O R-73 pode ser lançado contra um caça inimigo posicionado a 45º do Yak-41. Versões mais recentes deste míssil conseguem ampliar este ângulo de aquisição do alvo a 80º. O míssil de médio alcance R-27 Alamo, com diversas versões podem ser usados pelo Yak-41 também. Este míssil tem como versão básica, o sistema de guiamento por radar semi-ativo (depende da iluminação do alvo pelo radar do caça lançador), porém seu alcance varia de 60 km até 170 km dependendo da versão. O míssil ar ar mais avançado que o Yak-41 estava preparado para usar é o R-77 Adder, um moderno míssil de médio alcance (80 km) e guiagem ativa, permitindo que o caça “dispare e esqueça” fazendo uma manobra evasiva após o lançamento. Para ataques a alvos em terra podem ser usados foguetes não guiados, bombas de queda livre ou de alto arrasto.
Acima: Nesta foto, o Yak-41 está armado com um míssil R-27ER (alcance extendido) Alamo, uma arma de guiagem semi ativa e alcance de 130 km.
As armas ar superfície inteligentes são representadas pelo míssil antinavio Kh-35U (AS-20 Kayak), um míssil com características similares aos mísseis ocidentais como o RGM-84 Harpoon. Sua ogiva é de 145 kg de alto explosivo incendiário, efeito este que compensa a sua carga menor. Seu perfil de ataque é de vôo é sea skimming (rasante com cerca de 5 m de altitude apenas) o que dificulta sua detecção. Sua velocidade é subsônica (cerca de 1000 km/h) e seu alcance chega a 130 km. O Uran tem um radar ativo, como a maioria dos mísseis de seu tipo, para rastrear o alvo, porém este radar possui forte resistência a interferidores jammer. Os mísseis anti-radar KH-31P e sua variante antinavio KH-31A são parte do arsenal do Yak 41 também. O KH-31P voa a velocidade de mach 4,5 (4700 km/h) e segue os sinais dos radares inimigos para destruir as antenas dos sistemas de defesa antiaérea. Seu alcance é de 110 km. Já a versão antinavio, KH-31A usa um radar ativo para encontrar seu alvo, porém seu alcance é bastante limitado, se comparado com mísseis antinavio ocidentais. Apenas 50 km e a sua velocidade é de 3600 km/h em perfil de vôo sea skimming (rente a água). A ogiva do KH-31 A é de 90 kg, também considerada leve, porém a alta velocidade importa em uma alta energia cinética que transferida para o casco do navio, causará sérios estragos. A versão KH-31P tem uma ogiva de 87 Kg, suficiente para destruir, com folga, qualquer antena de radares de controle de fogo ou defesa aérea. O Yak-41 tem como armamento orgânico um canhão Griasev Shipunov GSH-301, de 30 mm, com cadencia de tiro de 1500- 1800 tiros por minuto (25 a 30 tiros por segundo) com capacidade de 150 cartuchos.
Acima: O painel de controle do Yak-41 revela a idade do projeto. Notem que não há nenhum painel multifunção, dependendo de instrumentos analógicos.
O projeto do Yak-41 não seguiu em frente devido a os gravíssimos problemas financeiros que assolaram a Rússia após o fim da União Soviética. O Yak-41 era um promissor avião de combate, com alto desempenho e boa manobrabilidade garantida pela sua potência elevada e sua aerodinâmica. Certamente seria uma dor de cabeça para os norte americanos, pois uma aeronave como esta poderia ser usada em porta helicópteros, além de porta aviões e isso aumentaria a capacidade de combate da marinha russa, que hoje depende de apenas um navio aeródromo, o Kuznetsov, já descrito no Blog campo de Batalha Naval.
Acima: Neste desenho podemos ver o Yak-41 de todos os ângulos. Notem sua pequena envergadura.
Velocidade de cruzeiro: mach 0,85 (1050 km/h)
Velocidade máxima: mach 1,6 (1800km/h)
Razão de subida: 15000 m/min
Potência: 0,88
Fator de carga: 7 Gs (com metade do combustível interno)
Taxa de giro: 21º/s (estimado)
Razão de rolamento: 220º/s
Teto de serviço: 15500m.
Raio de ação/ alcance: 700 km (missão ar ar)/ 3000 km (com tanques externos)
Alcance do radar: NIIR Phazotron Zhuk 90 Km( alvos de 5m2 de RCS)
Empuxo: Um motor Koptychenko (MNPK Soyuz) R-79 V-300 com 15200 kgf de empuxo e 2 motores verticais Rybinsk RD-41 com 4170 kgf de empuxo.
DIMENSÕES
Comprimento: 18,36 m
Envergadura: 10,10 m
Altura: 5 m
Peso: 11650 kg. (Vazio)
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil R-73 Archer, míssil R-27 Alamo, Míssil R-77 Adder.
Ar Terra: Bombas de queda livre e de alto arrasto, foguetes não guiados de diversos tipos e modelos, mísseis Kh-31 e Kh-35U.
Interno: Canhão Griasev Shipunov GSH-301, de 30 mm.Acima: O desenho do Yak-41 se mostra bastante convencional, com muitos cantos retos. Não houve nenhuma preocupação com o tratamento de sua reflexão a ondas de radar.
ABAIXO TEMOS UMA SEQÜÊNCIA DE 4 VIDEOS DE UM PROGRAMA ESPECIAL SOBRE O YAK-41. O PRGRAMA ESTÁ EM RUSSO
Fontes: Yakovlev (fabricante); Revista Aerospace News, nº 1; Site Military Today; Site warfire.Ru; Blog Hangar do Vinna; Site weapons and Technology.
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